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quinta-feira, 9 de junho de 2011

ARDUINO: A democratização da tecnologia e seu papel nas novas artes.

foto: arduino team

Não há muito tempo atrás, qualquer artista ou designer procurando a integração entre o mundo físico e o digital em sua arte precisava ser um especialista em eletrônica e programação. Captar, codificar, transmitir e traduzir virtualmente os estímulos físicos em instalações e esculturas era por si só um desafio muitas vezes maior do que a prórpia concepção e execução das peças, muitas vezes limitando seu valor estético e funcional.

Eis que inventam o ARDUINO.

Trata-se de uma plataforma eletrônica open-source desenvolvida com foco na simplicidade de Hardware e Software, voltado para artistas, designers, hobbystas ou qualquer outra pessoa procurando criar objetos e ambientes interativos. Possui plataforma de programação intuitiva, e pode ser adquirido pronto, em forma de kit, ou ser construído inteiro em casa. Só depende do seu empenho.

É, digamos assim, um cérebro eletrônico pré-fabricado, flexível o suficiente para se encaixar em qualquer tipo de projeto interativo com simplicidade e baixo custo. Ele é capaz de receber e codificar uma miríade de estímulos a partir de sensores dos mais diversos tipos, usando estes sinais para controlar motores, servo-atuadores, luzes, switchs eletrônicos ou até mesmo para se comunicar com outros aplicativos em plataformas externas, como um PC rodando Flash, por exemplo.

O que isso tudo significa? Que fazer arte interativa, borrando a fronteira entre o virtual e o mundo físico é mais fácil e barato do que nunca. O resultado? A criatividade é o limite. A variedade de projetos que se utilizam destes milagrosos controladores é simplesmente absurda e impossível de ser rastreada. Vai deis de impressoras de objetos 3D (MakerBot) a instalações conceituais como a "Birth" do artista francês Julien Simshäuser, passando por projetos simplesmente divertidos como esta "Slot Machine" baseada num famoso filme de Johnny Depp, que serve drinks aleatórios, feita pelos caras da HackerSpace NYC Resistors.

Outros exemplos:

"Air Piano" de Omer Yosha

O Cybraphone, um armário musical temperamental, usa um macbook, um controlador ARDUINO, sensores Infra-vermelho e servoatuadores para fazer seu jam session.

Mesinha de centro/video game de Tobi's Corner.

Cadeira de Rodas do prof. Xavier, versão steampunk.

Enfim, dá pra ter uma idéia né?

O bom disso tudo é que se trata de tecnologia open-source, ou seja: é royalty-free e está em constante processo de desenvolvimento com novas possibilidades de integração e programação surgindo o tempo todo.

E então, que tal pintar uma tela interativa com olhos de Led que piscam quando alguém passa na frente? Uma escultura que peida quando venta? Com arduino é mais fácil que escorregar no mousse.

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